9 de novembro de 2016





















Palavras, algo que por vezes ele acha que conhece e tantas pessoas desvalorizam. Ele, na verdade, assim pensa porque dá-se bem com elas, com as palavras. Umas das coisas que mais gosta é de palavras. Brinca com elas, torce, distorce e delas faz trocadilhos às vezes simples, outras vezes rebuscados. Quando as escreve, às palavras, não pensa nelas, elas quase como que sussurradas lhe aparecem. Ele limita-se a coloca-las no papel. Para ele, o escritor, o poeta é um mero canal, um instrumento. Outros dizem que o poeta é um fingidor. Pois, inventa histórias, inventa sentimentos que porventura, ficaram bem no papel e a quem as lê. Ele não pensa assim, diz ele. Para ele, o escrever é como que algo que sempre fez parte dele. O papel por início e por prazer. Tem cadernos, folhas soltas que sempre pensou em organizar. Talvez um dia. As teclas pela simplicidade, pela rapidez e pelo som do teclar no silêncio da noite. Houve tempos, se ele aqui estivesse, que diria que na noite tudo vale, tudo pode acontecer, tudo é permitido. Há sonhos que se tornam realidade. Mas também há, tantas outras vezes, que os sonhos tornam-se autênticos pesadelos. Às vezes encontro-o, apesar dele ser rápido e escorregadio. Troco umas meras e curtas palavras, quase de circunstância. Não que eu não queira mais, mas pela sua apressada cadência e excesso de falta de tempo aparente, rapidamente dá a volta ao assunto e se despede. Como conhece as palavras, para ele é fácil. Ali vai ele. Para onde vai ele assim tão apressado? É algo que gostaria de saber. Para onde vais tu oh poeta?






Sem comentários:

Enviar um comentário