25 de maio de 2015

A Prenda















Quando pensava qual teria sido a melhor prenda que nesta vida já tive, não podia deixar de o dizer, foste tu.

Contigo, fui capaz de chegar onde não o poderia fazer se não te tivesse encontrado.

Deus, tal como tem sido ao longo desta vida, foi benevolente, misericordioso e super atencioso comigo. E como tal, permitiu que eu te tivesse como companheira para a vida. E dessa forma, deste-me muito do que tenho hoje. Sobretudo o meu pequeno Buda. Esse, é de facto um projecto comum. Algo, que temos tentado fazer e fazer bem. Já erramos possivelmente outrora mas continuamos convictos e orientados para o sucesso. Não aos olhos do mundo, esse mundo que apenas vê o que os olhos lhe mostram. Mas Aquele que tudo vê e que tudo sabe. E por isso, não só hoje mas sempre, apenas quero-te ter como minha. Tenho mau feitio, sou rezingão, um chato mas o que sinto por ti não se traduz por palavras vãs. Talvez por isso o melhor será calar-me com um sorriso nos lábios e com um coração cheio. 



25/05/2015

3 de maio de 2015

Parcas palavras












Hoje fui tocado. Julgo, ou melhor, já esperava que isso viesse acontecer, há já algum tempo. Sinto que era algo que já ansiava, há muito, muito tempo. Tenho andado distante de mim. Às vezes, sei porquê, já outras, nem por isso. Possivelmente faz parte da aprendizagem, da busca incessante que há já tantos anos iniciei, sem que para isso tenho optado. Talvez tenham sido as circunstâncias, as dificuldades, as situações, as tristezas, as desilusões, etc. Cada um nós, quando numa vida, passa por uma metamorfose que nos leva, ou pode levar, a ser o que na verdade somos. Na verdade somos aquilo que na maior parte das vezes, o espelho não nos revela. Na verdade, não somos também, aquilo que os outros vêm de nós. Aliás, posso ir mais longe mais ao fundo nas minhas palavras, no meu raciocínio, ninguém é. Certo será, que apenas eu irei ler estas minhas parcas e desinteressantes palavras. Certo é que, na vida de hoje, poucas serão as pessoas que param e leem. Andam todos demasiados ocupados nas suas tão agitadas vidas, que não têm tempo para aproveitar uma boa leitura. Longe de mim, pensar que as minhas palavras merecem ser lidas, Deus me livre, não. Sempre escrevi para mim. Se alguém lê-se estas minhas parcas palavras, possivelmente, ou quase de certeza perguntaria – Mas, há quanto tempo que escreves? E eu iria tentar fazer o meu charme, blablabla e não iria responder. Basicamente, diz a etiqueta, que nos devemos afastar da presunção de dizer que somos bons, seja no que for. E eu apesar de não me achar a ultima bolacha do pacote, perifraseando um caro amigo, acho que de facto não o sou. Qual a razão de eu estar aqui? Qual a razão de eu estar a tentar (e mal) ser poético de interessante? É simples, sabendo que um dia me iria reencontrar, não me procurei. Com efeito, sempre a achei que mais tarde ou mais cedo me iria ter comigo. Tenho um habito terrível, ao longo dos anos tenho-me achado, tantas e tantas vezes, que eu sou a minha melhor companhia. Sou tipo bicho-do-mato. Há tantas vezes que eu nem dou oportunidade a outras pessoas de entrarem no meu pequeno castelo. É a vida! E hoje, felizmente, estou comigo e de boa saúde. Espero, é o meu desejo, que assim continue. Mais perto e mais desperto. Como um grande amigo meu há uns anos atras disse-me – Acorda Zé!!




P.S. – Reparam que eu não respondi à questão de que se eu escrevia há muito tempo??!!.....


03/05/2015