24 de agosto de 2010

O que podia ser













Resta-me a saudade
A saudade de outrora
De ser
O que nunca fui
E poderia ter sido.
O quão bem
Me podia ter saído
O bem
Que me iria sentir
Naquela pele.
Quase como me vendo
E observando.
Olho
E vejo-me.
Como que levando-me
Noutro caminho
Que não este,
Vou caminhando
Tudo ultrapassando
E conquistando.
De facto
Fico bem.

17 de agosto de 2010

Vou-me pesando
















Às vezes
Tenho dificuldade
Em ser eu.
Como que
Cansado
E
Sentido profundamente,
Não quero ser eu.

Peso-me
E
Faltam-me
As forças
De me carregar.

Caminho-me
Quase como
Seguindo
Em piloto automático.

Vejo-me
E pior,
Não quero
Olhar para mim.

Esta vida
Faz
Com que olhe
E não me queira ver.

Esta vida
Faz com que
Eu sinta
Que não possa sentir.

Esta vida
Faz com que
Eu pense
Que estando acordado
Quero dormir

Esta vida
Faz com que
Dormindo
Queira acordar.

29 de julho de 2010

A magia da noite








O que eu preciso
É disto
A calma
A serenidade
A paz.
Enfim
A solidão
Me acompanha.

A magia da noite
Dá-me tudo
Como que,
Alimentando-me
Fortalece
Ou
Como que,
Me arrebata
E entristece

Como tendo tudo
E nada possuir
Como que,
Nada ter
E tudo carregar

É a magia da noite.

26 de julho de 2010

Porquê !!?






Porque é a vida tão difícil?
Porque a vida nos traz a tristeza
E o sofrimento?
Quando aparentemente
As coisas,
Sim essas coisas
Que nos emaranham
E nos criam a dificuldade
São tão simples
De resolver.

O ser humano,
Esse ser tão complexo
Tão difícil de alcançar
E sobretudo
Ser inteligente.
Que como inteligente é
Se diz comunicante
Não se comunica!!!

Porquê!!??

16 de julho de 2010

Para não dizer sempre











Quando escrevo,
Dou um pouco de mim
Para mim.
Normalmente inspirado,
Para não dizer sempre,
A minha mão é levada
Deambulando entre o imaginário
Entre o real
De dentro de mim.
Desenvolve
E escreve
Como que desenhando,
Algo,
Fora de mim.
Muitas das vezes,
Para não dizer sempre,
Sem saber qual a rua a seguir
Nem para onde ir,
Muito menos como lá chegar,
Escrevo.
É quase como olhando
E sem ver
Caminho e ando.
Ando por dentro mim.
Lugar amplamente conhecido
Obviamente
De mim.

17 de junho de 2010

O que o tempo não apaga









O tempo, como que não passando,
Pela rapidez que o mesmo flui,
Traz-nos o cansaço do corpo.
Por vezes,
Até esmorece,
O entusiasmo que, outrora, carregávamos.
Vinca-nos os traços do rosto.
Mas traz-nos a experiencia
E a definição das vontades.

Hoje,
Sabemos o que somos
O que temos
E, porventura,
O que ainda desejamos.

E hoje
Sei-o
Como há mais de dez anos,
Que te Amo!!

18 de maio de 2010








Simples gesto


Falo
Falo
Mas
Ninguém
Me ouve.
Aceno
Aceno
Mas ninguém
Me vê
Ou
Ninguém
Me quer,
Ver.

31 de março de 2010

Zé Ninguém



Zé Ninguém,
Tu, és quem?
Eu sei,
Quem tu és.
Não és ninguém.
Não és tu,
És alguém
Mas não tu.
Sim alguém.
Mas não,
Um qualquer alguém.
Só um alguém.
Não és ninguém!
Zé Ninguém.

11 de março de 2010

E !?



Vi-te,
Quando não via ninguém
Encontrei-te,
Quando não te esperava encontrar
E ai, sim
Vi-te e olhei-te
Distante na sombra,
Fui-te observando.

O tempo passou,
E num tal dia
Com as circunstâncias da vida
Quis o destino juntar-nos,
Lado a lado.

Acho que foi ai.

Falamos de coisas triviais
Brincamos e rimos
Mas olhamo-nos
Como quem não vê
E observamo-nos
Como quem analisa
Um meticuloso plano.

Depois o tempo apareceu
E passou.

Sempre como quem chama,
Fomos falando

E……..

23 de fevereiro de 2010

Dor profunda




É difícil estar bem,
Sem estar.
Esquecer
O que é inesquecível.
Sem lembrar.
Quando
Aquilo que se necessita,
Se precisa
E se quer.
Não se tem.

E continuar
Faz lembrar
O que não se esqueceu.
E não esquecer
O que aconteceu.

Muito dói,
Ao tentar esquecer,
Pelo menos não lembrar.
Aquilo que se quer
E se está sempre a sonhar.

O sonho que outrora
Era correspondido.
E que agora
Por força maior,
Foi perdido.

Sinto o que não quero
Mas quero.
Tenho aquilo que não mereço Ter
Mas tenho.
Uma Dor profunda.

7 de fevereiro de 2010

Sentindo a Vida




A vida essa que passa sem se ver
Muitas das vezes passa, fazendo sofrer, chorar
A vida essa que nos dá coisas boas, que nos entristece
Que tanto nos levanta, como nos esmorece
Essa vida,
Essa vida que nos dá tantas e tantas coisas
Que nos retira outras tais
Que aos nossos olhos, julgamos como necessárias.
É a vida que nos faz sentir
É a vida que nos faz andar, seguir e evoluir
E a acima de tudo é a vida que nos faz viver.

5 de fevereiro de 2010

À Lua



A ti
Lua
Te olho
E te choro.
Te admiro
E te adoro.
Te amo
E te espero.
Mas tu,
No teu
Mais alto
Sitio
Me olhas
Me ouves
E me ignoras.
Indiferente
À minha cantiga,
Indiferente
Ao meu sentimento.
E
Continuas
Tu,
Lá no alto.
E eu

Cá em baixo.

Navegando


A vida, essa que passa
E que anda, sem eu querer.
Anda sem esperar.
E dando-me tempo
Tendo tudo o que necessito
Nada consigo fazer
A não ser olhar.

Ando sem saber, por onde.
Nem como hei-de ir,
Muito menos por onde vou
E como ando……
Navego nos mares afoitos
Da tristeza, da saudade,
Da angústia.

Estou em tal altura,
Que não me conhecendo
Não sei quem sou
Nem, o que quero ser.
O vento sopra
E vai-me levando.
E se o vento enfraquece !?....

SEMBLANO

O que é que é isto ? Desvaneios da alma que permiteme deixam respirar