21 de maio de 2011

Apenas tudo










Às vezes, a felicidade caminha paralela ao nosso caminho
Por vezes, quase se toca com a nossa passagem
Nessas parcas vezes, sentimo-nos,
Como felizes e contentes.
Somos levados a esquecer tudo aquilo que conhecemos e não gostamos
Caminhamos como se de olhos vendados, andássemos
E assim, como transportados
Sonhamos, acreditamos e corremos sempre.
A fé, a vontade, a força
São estados, características, que habitam a sede do nosso sentimento,
O coração.
Mas outras vezes, essas algumas vezes,
Esses particulares estados
Viajam como para fora do pais,
Que como uma viagem à volta da terra, se tratasse,
Custam e demoram a retornar.
Nessas ausências,
Vivemos de memorias,
De transactos estados e momentos.
Nessas precisas e certas ocasiões
Em que precisamos de comer
Temos que nos alimentar.
Para respirar e viver.

19 de maio de 2011

Esperava por ti













Foi numa tal noite
Em que te vi
Sem que ninguém
Eu,
Quisesse ver.

Como um simples flash
Psicadélico,
Apareceste.

Como sempre te imaginei,
És.

Livre e esvoaçando
Como se de uma folha
Te maquilhasses,
Ao sabor do vento,
Dançaste.

Os teus traços,
Esses,
Já há muito viviam
Na minha memória,
Confundindo-a.

Não sei
Se algum dia te vi.
Não sei
Se numa outra,
Longínqua vida,
Te conheci.

Mas
Uma coisa te digo,
Preciso de ti
Para eu ser
Quem sou.
Para ser,
Existir.

Posso-te ver?

16 de maio de 2011

A roda da vida












A roda da vida
Tanto roda
E na velocidade
Que acontece,
Teima
E esquece,
De nós.

No meio do reboliço
E do feitiço
Nos intervalos
Em que
Nos conseguimos
Libertar
Respiramos!

Assim acontece
Na roda da vida
Ininterrupta
Sem parar.

2 de maio de 2011

Inverno










Estou com frio
Preciso
E quero
Me aquecer.

O inverno
Rigoroso
E intenso
Enregela-me
E tolda-me
O pensamento

Não conheço
O caminho
Ando por andar
E não sabendo
Por onde ando
Não sei onde parar
Ou quando.

Oh Sol!!
Tu que nos aqueces
Nos iluminas,
Cumpre com o teu papel
Misericordioso.

É o meu sincero pedido.