7 de outubro de 2016

Com sem sentido





















Às vezes, apetece-me escrever. Sinto que escrevo, porque sinto. Escrevo livremente porque me sinto livre. Sem saber por onde vou, escrevo. E sem saber onde vou parar, continuo a escrever. Se paro para pensar? Não! Deus me livre Não! O sentimento mexe-me os dedos e os fazem teclar. Já outras vezes, pegam numa caneta e vão escrevendo. Houve algumas vezes, não sei se muitas ou apenas algumas, escrevi páginas a fio. Sem um rumo, mas com um sentido, o sentimento. Hoje, assim caminho. No silêncio da noite que tanto adoro ouvir, por vezes vivo. E como vivo! Tantas aventuras já vivi, que nem o tanto que escrevo é capaz de trazer um décimo dessas histórias. De que são essas historias? São histórias, histórias de sentimentos dispersos. De encontros ou desencontros. Por vezes são mágoas. Por vezes, preparo situações, situações hipotéticas que não passam disso mesmo, situações hipotéticas que não chegam acontecer. Quem não as tem…. E por isso, escrevo com sentido mas sem rumo. Se eu bebesse, estaria a beber. Se eu fumasse, com certeza estaria a fumar. Assim como isso não acontece, apenas escrevo. As palavras vão-me saindo, sem pensar, apenas sinto. O som do silêncio destaca o martelar do meu teclar. Que sentimento puro, cristalino e belo! A paz de tudo que nos rodeia. Nestes momentos, tudo toma o seu devido lugar, todas as dúvidas se dissipam, tudo fica mais claro e limpo. Agora, tudo faz sentido. E quanto menos penso, mais rápido escrevo. E quando penso, paro de escrever.


07/10/2016