31 de julho de 2012

Equivocados - 31/07/2012












O que é a vida?
O que é a morte?
Vemos tudo
De lado ou ao contrario.
Vivemos como equivocados.
Afastados
Como com medo,
Da realidade.

Quando
Nenhum problema temos,
Inventamos.
Quando
Algo nos atormenta,
Desgasta,
Sofremos
E dizemo-nos
Cansados.

A vida é mais,
Muito mais,
Do que aquilo
Que conseguimos entender
E ver.
Misturados
Carregados
Com aquilo que cada um tem
Caminhando na lama
Sem perceber
Na realidade
O verdadeiro sentido da vida.
Não nos conseguimos libertar

A vida é tudo
Tudo para onde olhamos
Tudo reflete evolução
E evolui.

Nada está estagnado
Nada,
Está irremediavelmente
Parado
E imóvel.


30 de julho de 2012

Apenas vi - 30/07/2012













Algo vi em ti,
Algo que tu não vês,
Algo que eles não vêm,
Algo que apenas eu vi.

Vi
Sem tu saberes,
Vi sem querer
Ou
Esperar ver
Mas vi.

Salta à vista,
Sem se reparar,
Talvez até,
Sem olhar
Sem se ver.

O que é certo
É que vi.


25 de julho de 2012

Despojar 25/07/2012















Apetece-me tirar tudo,
Mostrar quem sou.
Despir esta roupagem suja
E mal cheirosa
A que tao mal
E vulgarmente tratamos.

Não nos conhecemos verdadeiramente.
Nem queremos
Nada, fazemos por isso.

Desconhecemos o ontem,
Não vislumbramos o amanhã
E o agora,
Mal o enxergamos.

Não me apetece
Pouco.
Apetece-me muito!


10 de julho de 2012

Deus me livre!! NÃO!! - 10/07/2012












A vida!!?? Apenas a amo. Não pode ser de outra forma. Não a vejo de forma distante, vejo-a de perto e vivo-a por dentro. Daí esta minha forma de estar. Não vejo esta minha “forma” como infalível. Sou humano, muito, ou pelo menos tento. Daí, aceito e compreendo que outros a vejam de forma menos colorida. Ou já outros, ainda mais bela e pintalgada. Percebo e entendo tudo. Para isso respeito e sei que há tantas, tantas coisas que apesar de verdadeiras, não conheço. Mas respeito. Amo tudo o que me rodeia. Tudo tem a sua essência, a sua beleza. Não gosto de radicais nem de radicalismos. Tudo na vida, na existência, tem a sua razão de ser. O tempo normalmente, normalmente sempre, mostra e traz à tona toda a verdade e nada mais do que a verdade. O que me apetece dizer, hoje, já ontem e amanhã com certeza, é que amo. Vivo intensamente a minha vida, como sinto-a no amago da minha alma, sinto profundamente, tudo o que me rodeia. Aparentemente desatento e até distraído, gosto de me sentar bem longe e ver. Gosto de observar as pessoas como que não existisse, eu. Claro! Isto é algo que já percebi há algum tempo, as pessoas apaixonam-me. Daí, às vezes muitas vezes, mantenho-me “na minha”, há quem diga…. Estou a léguas de ser o que os outros querem que eu seja. Consigo, com muito custo é verdade, ser eu. Quanto mais pedirem-me que seja outro. 
Deus me livre!! NÃO!!!


4 de julho de 2012

Aqui estou - 04/07/2012












Partilho a minha inquietude,
Comigo.

Curiosamente,
Sempre
Ou
Quase sempre,
Partilhamos a mesma opinião.

Na verdade,
A verdade,
Definitivamente,
É aquela que eu vejo,
É a minha….

Estou cansado,
Exausto
Daí continuar a correr.

Às vezes, caminho.
Palmilhando
De um sitio para outro,
Isto já dentro de mim,
Costumando-me encontrar.

Aqui estou!!


3 de julho de 2012

Ou Não - 03/07/2012












Na verdade, é assim.
Às vezes, vê-se
Outras vezes, é-se visto.
Às vezes, corre-se
Outras vezes, faz-se correr.
Às vezes, come-se
Outras vezes, é-se comido.
Às vezes, ama-se
Já outras vezes,
Essas que são muitas
Mas que parecem poucas
Apenas se é amado.